EU SOU
Sou chão e estradão,
Venho das Minas – celeiro imorredouro;
Sou vereda e lampião...
Dos veios das betas gerais – sou o ciclo do ouro.
Sou os ecos bandeirantes
Que se reverberam no Lenheiro...
Dom Quixote de Cervantes
Em plagas serranas, um aventureiro.
Sou seresta e serenata,
Orquestra e coro...
Cachoeira e Cascata...
Tapete de cômoro.
Sou casario, veredas serpenteadas – um errante seresteiro...
Sou as vozes e sinais dos sinos,
Que tonitruam hinos
E tilintam o silêncio sagrado do Mosteiro.
Sou o sacro - nos estigmas do Senhor Morto;
E o profano ou Qualquer Nome Serve...
O mosaico das procissões – fé e verve...
Um eu maravilhado... absorto...
Eu sou São João... d'El-Rey... d'El-Presidente!
FERNANBAS - Fernando Batista dos Santos
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